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Um pouco da cidade Londrina

16/05/2010 00:00

Nosso hotel em Londres era tudo tão apertadinho! A entrada era um corredor e tinha uma portinha de onde se via o recepcionista numa sala minúscula que só cabia uma mesinha com computador, dali subia para o quarto numa escadinha de madeira apertada e mais nada. Não tinha espaço nenhum para o café, que era servido numa bandeija no quarto pontualmente às 8h. Mas até que o nosso quarto era grande pois era triplo e o café era muito bom, tinham uns cookies e pãezinhos maravilhosos, humm!

Depois do café e descemos. Na estação Paddington compramos o Day Travelcard, um cartão que vale por 1 dia no metrô com número ilimitado de viagens. Muito bom isso! Aliás, o sistema do metrô de Londres é fantástico, abrange Londres inteira, tem estação em todo lugar, as indicações das conexões das linhas são muito fáceis de entender. Você salta numa estação e já pega pra você um mapa detalhado da região com tudo explicadinho, diferente de Paris que o mapa da região ficava colado na estação e não adiantava de nada, porque nas ruas usávamos nosso mapão da cidade inteira para nos localizar. (ainda bem que hoje o mapa fica no celular, rsrsss...)

Londres é uma cidade que lhe oferece total autonomia, se comunica com você a todo momento através de sinalização, indicação e som (no metrô de Paris não tem a fala do nome da estação, somente a leitura na parede), tem sistemas automatizados para as mínimas coisas, voce quase não precisa falar com as pessoas. Acho que por isso o londrino nos pareceu mais introspectivo - falam baixinho, ficam na dele, não olham muito para as outras pessoas ao lado. Não ouvi ninguém dá uma risada, uma gargalhada, um esporro!!

Começamos o dia indo direto ao British Museum - foi o único museu de Londres que eu planejei entrar e foi uma excelente escolha. Possui muitas peças absolutamente importantes para a história do mundo, só que não visitamos todas as obras porque achei que não teríamos tempo, nos concentramos na sua linda arquitetura com uma praça coberta ampla muito agradável.

Dali, saímos caminhando pelas ruas que estavam muito tranqüilas, acho que por ser domingo e ainda era cedo. Lá o dia demora a entrar no ritmo, pois notamos que só no período da tarde é que a cidade ficou fervilhando de gente. Chegamos ao Convent Garden - um antigo mercadão que se transformou num delicioso universo londrino de bares, restaurantes e lojas sofisticadas, centenas de pessoas na praça tomando café ao ar livre, artistas de rua e shows diversos - desde uma mulher cantando ópera a um palhaço ventríloquo contando piadas. Compramos umas frutas e continuamos nossa caminhada até chegar na Trafalgar Square - a praça mais popular de Londres. Em frente fica o National Gallery, e como a entrada era gratuita decidimos visitá-lo, mas confesso que não tinha muitas expectativas e foi uma surpresa maravilhosa. Acho que de tudo que já vi de pinturas, esse acervo foi o mais lindo. As obras impressionam nos detalhes, no jogo de cores, luzes e sombras, os espaço são luxuosos com cortinas, papéis de parede e molduras que valorizam ainda mais as obras. Ainda bem que entramos!

Sentamos naqueles pufes que ficam posicionados no meio da sala estrategicamente para ficar admirando as peças, e alguns minutos ali parados... contemplando... e já estávamos descansados para seguir a caminhada.

 

Me localizando no mapa na Trafalgar Square

Atravessamos a Trafalgar Square e entramos numa rua fora do nosso roteiro, atraídos pela grandiosidade dos edifícios, estávamos no St. James Park, caminhamos nele por uma grande avenida fechada para o trânsito aos domingos, até chegar no Palácio de Buckingham no Green Park, a residência oficial da família real onde acontece pela manhã a troca da guarda e que já tinha acabado, ainda bem!

Pegamos os “guardinhas” nos bastidores indo embora, filmamos e foi muito engraçado. Mais engraçado ainda foi o flagra na rainha chegando de mansinho da noitada. Só vendo o nosso vídeo! Não perca!

Voltamos por outro caminho até chegar no Big Ben, a famosa torre do relógio do Parlamento.

  

Tiramos todas as fotos clássicas de Londres: na cabine telefônica com o Big Ben ao fundo e de quebra os ônibus vermelhos clássicos.

Atravessamos a ponte sobre o Rio Tamisa e chegamos aos pés da London Eye - a roda gigante. Achamos demais pagar 17,50 libras cada um para dar 1 volta naquilo. Achamos que não valia a pena, mesmo porque o tempo estava muito fechado e chuviscava um pouco.

Ainda tínhamos muito tempo e resolvemos voltar ao Convent Garden, agora de metrô para dar uma folga nas pernas. Ali tomamos o capuccino mais caro das nossas vidas: 5 euros, quer mais?

Braga deu idéia de ir conhecer Winbledon, onde acontece um dos torneios de tênis mais importantes do mundo. Podíamos andar de metrô a vontade, lá vamos nós! O problema foi que chegamos lá mais de 17h e o último tour de visitação já tinha saído, tudo bem, mesmo assim entramos no All England Law Tennis. Muito chique isso, heim!!  Na volta, na caminhada de 15min até a estação pegamos uma chuva! O tempo lá muda muito rápido, é sol, chuva, frio e calor a qualquer momento.

Dentro do metrô, vimos que estávamos na linha que passava em Nothing Hill (o bairro do fime com a Julia Roberts, lembra?) e não resitimos... lá fomos conhecer a Portobello Road – uma rua deliciosa com brechós, livrarias, cafés, lojas de antiguidades e vilas residenciais. Bem legalzinha, pena que estava chuvendo muito e tudo já estava fechando, afinal era domingo, né!

Tomamos um café e fomos embora. Compramos um vinho para mais tarde e lanchamos no Mc’ Donald. Notamos uma diferença no serviço das lanchonetes, bares e cafés em relação ao atendimento do cliente: lá uma única pessoa recebe o dinheiro, pega o lanche, coloca na sua bandeja, varre o chão, recolhe o lixo sem luvas e tudo beleza. Se fosse no Brasil, a vigilância sanitária jamais permitiria! Será que só aqui os clientes podem ser contaminados com alguma doença?

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