Contando tudo que vi...
Eurotúnel para Paris
17/05/2010 00:00Deixamos as malas todas arrumadinhas e saímos até uma lan house para ver nossos emails, depois fechamos no hotel e pegamos o metrô para a estação St. Pancras onde embarcaríamos no Eurostar - o trem que cruza o túnel submarino que atravessa o Canal da Mancha até a França.
Braga na estação St. Pancras tentando acessar a internet
A estação é antiga e muito bonita, ali tomamos um café e partimos. Em 4 horas estávamos na Gare du Nord em Paris. Ali mesmo nos informamos sobre o trem para Reims - a passagem do TGV (trem rápido) era vendida só na Gare de L’Est.
Sobre o metrô de Paris, eu tinha uma idéia de um sistema super complicado porque é todo interligado metrô e RER (trem que teoricamente circula entre Paris e periferia) e existem zonas com preços diferenciados, mas depois vimos que era simples e muito prático. A melhor opção para nós foi comprar os carnês com 10 tickets e funcionava como no Rio de Janeiro: você entra na estação com o ticket e não importa o número de conexões até seu destino final, depois de sair de uma estação seu ticket não vale mais nada. A única diferença do Rio é que na saída não tem catraca para inserir o ticket. Eu já sabia pelas minhas pesquisas que o ticket do metrô deveria ficar guardado em lugar seguro até o final da viagem, pois a qualquer momento fiscais “muito mal encarados” pedem o ticket na saída. E vocês não imaginam que num azar paramos numa blitz dessa e o ticket do Braga tinha desaparecido... pagamos uma multa de 25 euros por causa de um ticket desaparecido que valia menos de 1 euro. Ficamos um pouco chateados, mas beleza, acontece!
Chegamos ao hotel e quantos brasileiros hospedados!! Tinha até atendente que falava português na recepção (o Nino e a Madalena ) e no bar (o Daniel). Ficou até sem graça!
Quanto à língua, não temos o que reclamar: Braga começava tentando falar francês e sempre éramos entendidos, mas a pessoa percebia o esforço e respondia em inglês ou até português, e aí a conversa continuava não mais em francês. Eles gostavam de ver que tentávamos falar a língua deles e eram sempre muito simpáticos e educados. Apenas em locais do cotidiano francês, não tão turístico como uma padaria do bairro, no metrô, etc. é que só se falava francês, mesmo assim Braga se saiu muito bem!
Tomamos um banho e saímos para uma volta na região. O hotel era um pouco afastado do centro, em um bairro cheio de estrangeiros asiáticos e africanos, muitos argelinos e judeus. E ficava de frente para o Parque La Villette onde passeamos muitas vezes à noite quando ainda era claro.
Fomos jantar num restaurante de um argelino muito simpático que não sabia falar nada de inglês. Gostava muito dos brasileiros, do futebol, etc, etc. e disse que sabia falar apenas 3 palavras em português: “obrigado”, “fud..u” e “cara...o”. Nós rimos muito com ele! A comida era excelente e o preço muito bom! Aliás, comida na Europa é cara, mas é tudo tão gostoso, de qualidade mesmo!
—————