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Louvre e Champs Elysees

19/05/2010 00:00

Acordamos cedo e o dia novamente foi de um céu completamente azul. Pela manhã sempre fazia um friozinho de 10 a 12º e depois ia esquentando até uns 20º. Praticamente todos as manhãs comprávamos os croissant e suco de laranja na mesma padaria e comíamos no mesmo banquinho do boulevard. A atendente da padaria já estava quase ficando nossa amiga! E lá também é como em Londres - um atendente só que “faz tudo”. Eles atendem com muita, mas muita educação, são super gentis, porém tudo tem que ser rápido, já vão logo perguntando "o que deseja?" e não dá para voce ficar pensando ou escolhendo muito não, tem que pedir o que voce quer, pagar e pronto. Um pouco tenso!

E vamos nós para o metrô. Começamos o dia no Arco do Triunfo, ali mesmo já compramos o Museum Pass para 4 dias -  é a maneira mais econômica para visitar os museus e ainda com a grande vantagem de não enfrentar as longas filas de turistas. Com o passe podíamos subir no arco, mas são 50m de escada e não sei se a vista valia isso! De baixo já se tem  uma bela vista da Champs Elysees.

Saímos caminhando pela Champs Elysees - a avenida mais chique e famosa do mundo - olhando as pessoas e as vitrines das principais lojas: Dior, Louis Vuitton, Chanel, Dolce Gabanna, etc, mas não gastamos nosso dinheirinho ali, tudo é muito caro, lugar para olhar e só.

Na Praça da Concórdia viramos em direção a Igreja Madeleine - uma construção de arquitetura neoclássica, menor que as demais catedrais, mas com uma atmosfera calma e mais alegre, acho que por ser mais iluminada que as demais. No altar principal, lindíssimo, uma grande imagem da Ascenção de Madalena - sempre uma figura enigmática da igreja.

Nesta igreja sempre tem apresentações de concertos de música clássica, nós olhamos a programação do mês mas não havia nenhuma nesses dias, uma pena!  

Por causa da importância dessa Igreja, os parisienses chamam toda a região de Madeleine - ponto da alta costura e de grandes restaurantes gastronômicos de Paris.

Continuamos andando até a Ópera Palais Garnier, mas nosso passe era só de museus e não nos permitia entrar, só pagando. Entramos então na Galeria Lafayette para ver sua cúpula linda de morrer, toda de aço, vitrais e muitos detalhes. Lafayette é uma grande loja de departamentos de grifes famosas, um monumento do comércio bem ao estilo parisiense. 

Entramos na seção dos vinhos, muito chique! Preços de 3 até 2200 euros, mas compra-se bons vinhos por 4 a 7 euros. Nós ficamos tontos com a grande quantidade de vinhos diferentes e acabamos levando 2 bordeaux que foram sugeridos pelo atendente. Ele acertou em cheio nossa preferência, eram excelentes!

Caminhamos até encontrar um lugar para abrir pelo menos um vinho, então sentamos num banco na lateral de uma parede que mais tarde descobrimos: estávamos encostados no Louvre! Mas ainda não era a hora dele, pois o deixamos para o final do roteiro. Saímos em direção ao Palais Royal aonde vimos apenas o jardim e o pátio rodeado por colunas e umas esculturas modernas interessantes. O palácio estava em reforma e fechado ao público.

Agora sim era vez do Louvre. Entramos rapidinho graças ao nosso direito divino de furar fila!! Começamos nossa maratona artístico-histórica pelo pavilhão Suly para ver o Egito, Mesopotâmia e em seguida as esculturas gregas e pinturas italianas. Para quem gosta de história como eu, é imperdível! E você fica se perguntando o que sobrou no Egito para ser visto, porque a exposição é enorme! Fora as estátuas, estatuetas, vasos e inúmeros outros artefatos da Grécia. É estranho ver aquilo tudo ali, coisas de tantos lugares que na maioria das vezes se sabe que foram roubadas... muitas vezes a custa de batalhas e mortes. Dá dó saber que não estejam nos seus países de origem, mas... tudo bem, pelo menos podemos ver tudo junto numa exposição gigantesca como aquela!

As esculturas gregas são perfeitas! A Vênus de Milo é simples, até pequena, mas eu fiquei igual uma boba olhando... me remeteu a minha casa quando criança aonde tinha uma cópia dela no canto da sala, aquela mulher seminua sem braços deveria ser estranho para uma criança. Outra estátua que chama atenção é a hemafrodita deitada, uma mulher perfeita, mas é esquisito!

Descemos até o Carroussel do Louvre, uma galeria (lotada de turistas japoneses) bem embaixo do museu com várias lojas, o famoso hall da pirâmide invertida, além do estacionamento e do metrô. Tudo no subsolo do museu.

Sim, quase esqueci de dizer que vimos também o pavilhão das grandes pinturas italianas e a famosa Monalisa de DaVinci. Nada demais!

Já fora, sentamos nas cadeirinhas de ferro que ficam espalhadas por todo o jardim e saboreamos o outro vinho que estava pesando na mochila do Braga. Tivemos que fazer isso ali no jardim diante de um por do sol avermelhado, um sofrimento!!!!

Às 21h o guarda expulsou todo mundo para fechar o jardim, um absurdo!

Nesse dia, voltando para o hotel, que aconteceu o incidente do fiscal do metrô.

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