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Mar, lagoa ou cachoeira? Eis a questão...

02/01/2011 19:40

Na quarta fomos de mudança pra Graçandu, pois a família do Chico não iria pra lá e emprestaram a casa pra nós. Levamos tanta coisa que parecia mudança mesmo. E para dormir eram dois andares de gente: colchões no chão e redes por cima.

E lá foi só praia, lagoa, cachoeira, e enfim Braga poderia realizar seu sonho de pegar siri. Seu Manoel levou as tripas da galinha para isca, só que... muito estranho... um lugar com tanto siri e na casa do Chico não tinha nenhum puçá!

(PUÇÁ – jurerê, rede em forma de cone com círculo de madeira ou metal na boca, usado para capturar siris)

Na primeira noite fomos todos animados para praia em busca dos siris e só esquecemos de uma coisa (pescador inexperiente é assim mesmo!): era maré alta e a baixa seria só amanhecendo o dia. No outro dia 5 horas da manhã foram apenas Braga e S.Manoel, mas sem sucesso... então, decidimos ir a tarde em Natal nos equipar para a pescaria.

Na ida passamos pela Barra do Rio, foz do Rio Ceará-Mirim, onde se atravessa por uma balsa de madeira rudimentar para um ou dois carros pequenos, que são empurradas por apenas uma pessoa com uma vara comprida, tipo uma “gôndola”.

A paisagem é, digamos, rústica, onde rio, praia e mangue se misturam, e a travessia nas balsas coloridas dão um toque de beleza inusitada à paisagem da barra. Adoramos!

Em Natal, fomos no bairro da Ribeira - região portuária onde tem lojas de artigos de pesca e mergulho, mas não encontramos o puçá, acredita!? Nessa época os turistas desfalcam as lojas! Compramos apenas a lanterna e aproveitamos para comprar máscaras de mergulho.

Voltamos pela BR mesmo, e na estrada paramos numa feirinha de frutas, e quantos sabores e cores diferentes! Olha que lindo!

As frutas eram para as batidinhas maravilhosas preparadas por Isabela ou Paulinho.

Uma outra tentativa de pegar siri foi à noite na barra do rio e também não obtivemos sucesso, mas foi a maior aventura. No escuro, e com a maré baixa, a turma atravessou o rio para ver o que tinha do outro lado. Foi uma gritaria só e nos divertimos muito! Somente na outra noite que Braga e Paulinho conseguiram pegar alguns siris no tapa, quer dizer, usaram um escorredor de macarrão. Paulinho fez um caldinho de siri muito bom!

No último dia do ano passamos na Lagoa Pitangui tomando suco de pitanga, maracujá, umbu-cajá, etc. Para os adultos o suco tinha “dalila”- era como chamávamos a nossa vodka.

À noite fomos ver os fogos na praia e rimos muito com uma série de fotos de caretas. E tudo começou com essa foto.

Daí foram só fotos de caretas.

No dia 1º fomos numa cachoeirinha em Pitangui. Na verdade é um rio de água transparente e bem raso, muito legal para crianças, e uma queda d'água formando tipo um lago onde tinham algumas mesinhas na água e alguns ambulantes vendendo drinks. Eles já estavam indo embora e só foi o tempo de pedir alguns ula-ulas com ou sem "dalila" (ou seria "com ou sem emoção" ?)

Olha Isabela tomando o ula-ula, que linda!

 

   

Ah, e Braga também... 

     

Ficamos ali de papo tomando ula-ula até anoitecer.

       

Ah sim, o que tinha, de montão lá, era pitu !

   

Eles ficaram doidos para pegar os pitus, mas no máximo pegaram um camarão.

                       

Como não conseguiram nada partiram para a bagunça na maior escuridão. 

Esse foi o último passeio em Natal (dessa temporada, claro!), porque no outro dia já fomos embora de Graçandu, passamos em casa para pegar as nossas coisas e fomos para a rodoviária embarcar para Recife.

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