Versalhes

Acordamos cedo pois nesse dia íamos para Versalhes que fica um pouco mais longe, e ainda tínhamos idéia de ir até a loja do sax, foi só idéia porque vimos que as lojas no sábado estavam quase todas fechadas, parecia domingo. E se lá também tivesse? Desistimos e fomos direto para Versalhes.

A estação onde pegaríamos o RER estava lotada porque o trem estava atrasado. A viagem durou uns 30 min e foi entupido com muita gente em pé, acredita? Já dava para imaginar a quantidade de gente lá nas longas filas... mas nós, os furões, não tínhamos que nos preocupar!

Ao desembarcar, a quantidade de turistas italianos, alemães, e claro, a multidão de japoneses é assustadora! Você nem precisa olhar mapa para saber o caminho, é só seguir a multidão.

Entramos primeiro no château, onde todos os turistas vão. Foi a residência oficial dos reis Luis XIV, Luis XV e Luis XVI, uma obra muito representativa do estilo clássico. A visita tem um caminho certinho para se percorrer, os quartos vão dando um no outro (todos sem banheiro): os da rainha, do rei, das crianças, dos agregados, sala da guarda, dos nobres, do trono, de jogos, de música, de leitura e por aí vai. É coisa que não acaba mais! Tudo de uma suntuosidade criminosa, com muito ouro, imensas tapeçarias, pinturas, espelhos e cristais.

Dali seguimos logo para o salão dos espelhos - o aposento mais famoso do castelo, aí sim descobri o que é suntuosidade!! são grandes espelhos, lustres e candelabros enormes de cristal e, pra variar, muitos afrescos e ornamentos de ouro. Era mesmo para impressionar e mostrar toda a riqueza de “sua alteza”. Foi tanto abuso que não tinha como não acontecer uma revolução e cortarem-lhes as cabeças.

Então, já cansados de ver tanto ouro, descemos as escadas para o jardim e fomos barrados, nosso passe não nos dava acesso ao jardim, só pagando não lembro quanto. Ah é? Então lembrei de um caminho alternativo que eu descobri nas minhas pesquisas, que dava para chegar ao Trianon e ao Domaine de Marie Antoinette. São pequenos palácios que ficam um pouco afastados do castelo, onde Maria Antonieta promovia encontros, concertos e vivia de forma mais livre.

Saímos andando seguindo a lateral direita do castelo principal até chegar em um portão que dava para um parque. Logo na entrada, alugamos 2 bicicletas e pedalamos pelo parque até o Domaine. Entramos apenas no Petit Trianon rapidinho, pois andar de bicicleta pelo parque estava muito mais interessante!

O parque é muito grande, ótimo para caminhar ou pedalar... Como era sábado a tarde, muitas famílias com crianças estavam passeando, tomando sol a beira de um lago artificial muito grande, barquinhos para passeio, e muita gente de bicicleta como nós. Passamos ao lado de campos, pastos com cavalos, ovelhas, parecia até uma “roça”, mas com muito charme!

Cansamos e voltamos para Paris.