Contando tudo que vi...
Volta para casa
28/05/2010 00:00Uns dois dias antes já tínhamos reservado a van que fazia transporte para o aeroporto Orly. O nosso vôo era às 7:40 e não dava para ir de metrô porque começava a circular as 5:40h e talvez não desse tempo chegar com a antecedência necessária. Esses aeroportos internacionais são enormes e precisa de tempo para se locomover dentro deles! No de Madrid, por exemplo, tem um trem que liga um terminal a outro. Nas placas indicativas tem o tempo que falta para chegar no seu portão de embarque, tipo assim: "Portão C9 - 23min", daí sobe uma escada rolante, anda mais um pouco e vê a outra indicação "Portão C9 - 15 min" e aí vai, pega o trem, anda numa esteira rolante e vai embora até que vê "Portão C9 - 1 min" e chega.
A viagem de volta para o Brasil foi muito mais cansativa que a ida porque viajamos de dia e não deu para dormir quase nada. Chegamos em casa a noite e dormimos quase 11 horas direto.
Hoje, no Brasil, fica a saudade... e torcendo para que não demore muito a começar a planejar outra dessa!
Para encerrar os artigos dessa viagem deixo uma foto do Rio Sena e texto de Veríssimo e Joaquim da Fonseca que descreve bem o que sentimos numa viagem a Paris. Deliciem-se! Bjos.
"Ça va, monsieur...
Romanticamente comovido nos Quais que margeiam o Sena,
contemplativamente enlevado nos jardins do Palais du Luxembourg,
nostalgicamente perdido nas vielas existencialistas do Quartier Latin,
gulosamente deliciado nos bistrôs do Marais,
celestialmente maravilhado com a Catedral de Notre-Dame,
ricamente adornado nas vitrinas de Champs Élysées,
historicamente esclarecido na Esplanade des Invalides,
monumentalmente embasbacado no parque Champ de Mars,
eroticamente excitado nos cabarés de Place Pigalle,
reverentemente ilustrado ao longo dos corredores do Louvre,
patrioticamnte exaltado na Place de la Bastille,
culturalmente entusiasmado nos cinco andares de Beaubourg,
alegremente embriagado nas brasseries de Saint-Germain,
criativamente eletrizado no Museé Picasso,
divinamente hipnotizado pelos vitrais da Saint Chapelle,
artisticamente motivado nas ladeiras de Montmartre,
ternamente apaixonado sob as árvores do Place Dauphine,
calorosamente iluminado pelas telas impressionistas da Gare d’Orsay.
Em Paris, pode-se ficar tudo isso e muito mais.
Foi um pouco assim que fiquei, bobamente enfeitiçado pela simples razão de estar lá, seguindo os passos do Luis Fernando, traçando meus desenhos pelas ruas, parques e boulevares de uma cidade inesquecivelmente encantada."
Extraído de: VERISSIMO, Luis Fernando e FONSECA, Joaquim da. Traçando Paris.
—————